terça-feira, 26 de junho de 2012

Alma?


Começou na sexta à noite! Não, antes, durante o dia. Enquanto fazia o trabalho da pós. Cola um pedaço aqui, emenda ali, complementa cá... O texto tinha coerência, mas faltava algo... uma identidade! A noite, durante a aula, a professora cita um sociólogo, que diz que as pessoas estão performáticas, agem conforme dita a sociedade, não possuem um jeito seu.

Sábado, estava mais atento e espontâneo durante suas aulas. Para compensar a semana anterior, onde saiu esgotado e concluiu que deveria ter respirado mais, sentido mais. Um fato chamou a atenção: os alunos dançando mecanicamente uma rica música. Mas já era a última da aula, não dava mais tempo de trabalhar, ponto para a próxima aula. A amiga tinha feito a mesma leitura. 

A noite, o monólogo que assistiu, falava de um advogado arrogante. Arrogante não só como profissional, mas como pessoa. Prepotente e ausente de sentimentos. Ocorre um suicídio. E abate sobre o personagem, um sentimento de culpa ou perda, não sei se um ou os dois, mas que o faz refletir sobre sua vida. Percebendo que era uma vida sem sentido, passou a morrer um pouco a cada dia.

No domingo, o tema da aula, na pós, era Monografia. A professora, que não era a mesma de sexta, começa falando de alma! Alma? Numa aula de monografia? Sim! Devemos envolver nossa alma em tudo o que fazemos! Caramba! Esse tema tá recorrente no fim de semana! Vários nomes, várias formas! E fecha com Alma!? Faz sentido... Vou até escrever sobre isso! 

Na segunda acorda com a idéia latente de escrever sobre o tema. Num daqueles diálogos internos, uma voz diz: - porque não escreve em forma de conto? – Mas eu nunca escrevi um conto! – Tenta!


“Quando a alma está envolvida, o trabalho não é realizado apenas pelo ego, ele vem de um lugar mais profundo, e por isso não é desprovido de paixão, espontaneidade e graça”. (Thomas Moore)