segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Dançando para não dançar - Paulo Coelho

Tudo se move. E tudo se move com um ritmo. E tudo que se move com um ritmo provoca um som. Isso está acontecendo aqui e em qualquer lugar do mundo neste momento. Nossos ancestrais notaram a mesma coisa, quando procuravam fugir do frio em suas cavernas: as coisas se moviam e faziam barulho.

Os primeiros seres humanos talvez tivessem olhado isso com espanto, e logo em seguida com devoção: entenderam que essa era a maneira de uma Entidade Superior comunicar-se com eles. Passaram a imitar os ruídos e os movimentos à sua volta, na esperança de comunicar-se também com essa Entidade: a dança e a música acabavam de nascer.

Quando dançamos, somos livres.

Melhor dizendo, nosso espírito pode viajar pelo universo, enquanto o corpo segue um ritmo que não faz parte da rotina. Assim, podemos rir de nossos grandes ou pequenos sofrimentos, e nos entregarmos a uma experiência nova sem medo. Enquanto a oração e a meditação nos levam até o sagrado através do silêncio e do mergulho interior, na dança celebramos junto com os outros uma espécie de transe coletivo.

Pode-se escrever o que se quiser sobre a dança, mas de nada vale: é preciso dançar para saber do que se está falando.

Dançar até a exaustão, como se fôssemos alpinistas subindo uma montanha sagrada. Dançar até que, por causa da respiração ofegante, nosso organismo possa receber oxigênio de uma maneira a que não está acostumado, e isso termina por fazer com que percamos nossa identidade, nossa relação com o espaço e o tempo.

Claro que podemos dançar sozinhos, se isso nos ajuda a vencer a timidez.

Mas, sempre que possível, é melhor dançar em grupo, porque um estimula o outro, e termina-se criando um espaço mágico, com todos conectados na mesma energia.

Para dançar, não é necessário aprender em academias; basta deixar que o corpo ensine - porque dançamos desde a noite dos tempos, e não esquecemos isso. Quando eu era adolescente, ficava com inveja dos grandes “bailarinos” da minha turma da esquina, e fingia que tinha outras coisas para fazer durante as festas - como ficar conversando, por exemplo. Mas na verdade eu tinha pavor do ridículo. Até que um dia uma menina, chamada Márcia, me disse na frente de todo mundo: - Venha.
Eu disse que não gostava; ela insistiu.

Todos do grupo ficaram olhando e, porque eu estava apaixonado (o amor é capaz de tantas coisas!), não pude recusar mais. Fiz um papel ridículo, não sabia seguir os passos, mas Márcia não parou. Continuou dançando, como se eu fosse um Rudolf Nureyev.

- Esqueça os outros e preste atenção no baixo - sussurrou ao meu ouvido. - Procure seguir o seu ritmo.

Naquele momento, entendi que nem sempre é necessário aprender as coisas mais importantes; elas já fazem parte da nossa natureza. Na juventude, a dança é um rito de passagem fundamental: experimentamos pela primeira vez um estado de graça, um êxtase profundo, mesmo que para os menos avisados tudo não passe de um grupo de rapazes e moças divertindo-se em uma festa.

Quando ficamos adultos, e quando envelhecemos, precisamos continuar dançando. O ritmo muda, mas a música é parte da vida, e a dança é a conseqüência de deixarmos que esse ritmo penetre em nós.

Continuo dançando sempre que posso.

Com a dança, o mundo espiritual e o mundo real conseguem conviver sem conflitos. Como disse alguém que não me lembro, os bailarinos clássicos ficam na ponta dos pés porque estão ao mesmo tempo tocando a terra e alcançando os céus.

(Texto de Paulo Coelho, publicado no jornal O Globo – 22/abr/2007).

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Encerrando Ciclos - Fernando Pessoa

Vocês devem estar se perguntando por que esse texto do Fernando Pessoa está postado num Blog criado para falar de dança... o recebi por e-mail, gostei muito do seu conteúdo e repassei para a minha lista de contatos, recebi muitas respostas com comentários da grande importância de se encerrar Ciclos em nossas vidas e do quanto gostaram do texto, então decidi postá-lo aqui para que mais pessoas tenham acesso. Para tanto:

ENCERRANDO CICLOS

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. 

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. 

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora... 

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. 

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és. E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão."

Fernando Pessoa


Uma dica: adotem o hábito de encerrar ciclos em suas vidas, os tornarão muito mais felizes! Falo de experiência.

Grande abraço e muita dança!

Diogo Oliveira

terça-feira, 29 de setembro de 2009

3º Churrasco dos Alunos - Fotos

Num dia de clima maravilhoso, com sol e calor, o evento foi um sucesso!

Muito obrigado a todos que compareceram e principalmente aos que colaboraram para que ele acontecesse, Sr. Luis e família que ajudaram e muito na organização e ao Mauricio que cedeu o local.



Confiram o álbum de fotos: 

Abraço a todos!

Diogo Oliveira

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Com que roupa eu vou?

Fazendo uma alusão a música do grande Noel Rosa, temos a dúvida de muitas pessoas, principalmente daquelas que estão começando a frequentar os bailes de Dança de Salão, que roupa vestir para ir ao baile?

A regra mais importante: você está indo para dançar, para se divertir, a roupa e principalmente o calçado têm que ser confortáveis!
A roupa deve estar de acordo com o local e a ocasião, se for um Baile de Gala, o nome já diz tudo. Um baile num clube o traje Esporte Fino cai bem. Bailes em academias ou casas noturnas usa-se traje Esporte, para os homens calça jeans ou brin e camisa de tecido, pólo ou camiseta (conforme o local e o tema do baile) e para as mulheres vestidos leves ou saia e blusa e maquiagem leve.
Existem locais onde os trajes são muito característicos, por exemplo num forró é comum ver os rapazes de bermuda, sandália e boné, aí vai de conhecer o local e também se informar a respeito para não ficar muito deslocado.

Calçados: parte do traje muito importante para os dançarinos, menos pela beleza e mais pela segurança e conforto. O calçado deve possuir um solado que deslize (para não forçar as articulações), mas que também não seja muito liso para não comprometer o equilíbrio. Deve ser confortável, sem apertar ou gerar calos, mas ao mesmo tempo firme para proporcionar segurança.
Em lojas de artigos para dança encontra-se Tênis de dança, são desenvolvidos especificamente para essa atividade, são muito confortáveis, perfeitos para serem usados em aulas e também podem serem usados em bailes quando combinados com calças jeans e outras.
Para os homens são muito pobres e feios os modelos de sapatos de dança, já para as mulheres existe uma variedade muito maior, contando com sapatos, sandalhas e sapatilhas.
Dica para as mulheres que não conseguem dançar o baile todo com o salto, carreguem sempre na bolsa um par de sapatilha, lembre-se que é mais importante o conforto do que a beleza!

Mulheres: repararam que não foram citadas calças no traje para vocês? Não há nenhuma regra que as impeçam de usar, mas em se tratando de roupa, o maior sinal de feminilidade é o vestido! Portanto usem vestidos e saias para dançar, sejam femininas, nós homens amamos isso!!! Sem contar que causam um efeito muito bonito no salão quando estão girando (se a saia subir demais,usar um shortinho por baixo).
Bom baile a todos!

Diogo Oliveira

Dicas para evitar 'levar toco' no Baile.

'Levar toco' na dança quer dizer convidar uma pessoa para dançar e ela recusar. Na Dança de Salão a boa educação diz que não se deve recusar um convite para dançar, salvo quando a pessoa estiver bêbada ou que ela esteja mal intencionada, do contrário aceita-se o convite, dança-se pelo menos uma música e agradece pela dança, mas como nos bailes encontramos muitos que não conhecem essa prática, os dançarinos acabam levando muitos tocos, e quando digo dançarinos incluo as mulheres também, pois hoje não são apenas os cavalheiros que convidam para dançar, as damas também tem essa prática, que só não está mais comum pela vergonha da iniciativa que elas ainda possuem.
Mas como não levar toco? Não existe uma fórmula para isso, apenas algumas dicas, que não são regras mas ajudam a evitar, o segredo está em observar a pessoa a qual se quer convidar e procurar captar os sinais que elas emitem, por exemplo, aquelas que estão se mexendo (como dançando) na beira da pista, estão bem afim de dançar; as que estão paradas, mas próximas a pista, também estão dispostas; sentadas viradas pra pista, batendo o pezinho no ritmo da música, aceitam dançar; braços e pernas cruzadas (sinais que a pessoa está fechada) e de lado ou de costas pro salão, é toco na certa; sorriso no rosto, são grandes as chances; cara fechada, hum... arriscado; a pessoa já dançou um monte e parou pra tomar alguma coisa, provavelmente ela vai adiar a dança; longe da pista entretida numa conversa, na certa vai pedir que seja mais tarde pra não dizer um não; acompanhada de marido ou namorado, se você não os conhece é melhor deixar quieto. Analise como ela reagiu quando outros a convidaram para dançar, se ela aceitou os convites, legal, se ela deu vários tocos, a chance de também levar um será grande.
Pra quem está começando a dançar e ainda não está muito seguro vou compartilhar uma tática que utilizava, aquelas meninas super concorridas que terminam de dançar com um e já tem outros esperando, normalmente dançam bem, e como podem escolher, preferem dançar com quem também dança bem, elas não darão um toco se forem convidadas, mas sua expressão não vai ser uma cara de muito feliz, o macete é ir naquelas que estão dando sinais que querem dançar e quase ninguém as tiram, aí quando elas recebem um convite ficam contentes, são simpáticas, te ajudam e dão macetes para melhorar a sua dança, aí é só aproveitar e curtir!
Algumas coisas ajudam a ter mais sucesso, como se vestir de acordo com o ambiente, estar sempre cheiroso (desodorante no prazo de validade é o mínimo), ser simpático, tratar bem e com respeito o par, cuidar para não ficar batendo nos outros casais, evite passar a dança toda rodando a menina, conforme a música e a lotação do salão, dançar juntinho sem desgrudar é muito mais gostoso e agradável. Mulheres, assim como vocês gostam de dançar com homens cheirosos, nós também preferimos as cheirosas, então cuidado também com o cabelo, as vezes já ta na hora de lavar, mas economizam porque vão voltar cheirando a cigarro, mas lembrem-se que quando dançamos juntos, o nosso nariz fica muito próximo a eles. Propaganda, dizem que é a alma do negócio, pois saibam que a maioria das mulheres quando gostaram da dança elas contam para as amigas e indicam o cavalheiro, os homens, numa proporção menor, também o fazem, mas vale lembra que quando desagrada, a propagando é negativa, portanto vamos caprichar moçada!
Essas são algumas dicas para evitar ficar tomando tocos nos bailes, servem também para as mulheres, já que elas também podem e devem ter a iniciativa do convite. Se você não está recebendo muitos convites, analise se não está emitindo os sinais errados e também aproveite as 'Dicas de como escapar do chá de cadeira' do outro tópico. Resumindo, fiquem atentos aos sinais, se apresentem de acordo, sejam simpáticos, sorriam :D, agradeçam pela dança e bom Baile a todos!
Quem tiver mais dicas, por favor, compartilhe conosco.

Diogo Oliveira

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Desabafo de um Professor - Ensinar a dançar x Dançar.

Como Professor de Dança de Salão venho fazer um desabafo, vou começar enfatizando uma diferença: Ensinar a dançar x Dançar, compreendam que 'Ensinar a dançar' é o nosso trabalho, é o que fazemos na sala de aula, eu, pelo menos, com muito amor porque é algo que realmente gosto, mas quando vamos a um baile, vamos para 'Dançar', que é o nosso hobbie, nosso prazer, nossa distração, e nossa valvula de escape, portanto não nos peçam pra trabalhar! Não existe pedido mais incomodo num baile que 'me ensina a dançar' ou 'essa é minha amiga/prima/vizinha, ela não sabe dançar, ensina ela' ou ainda 'dança com ela porque ela não sabe', isso é nos fazer trabalhar quando saímos pra nos divertir, ponham-se na mesma situação, vocês estão no baile e chega alguém e pede para que façam algo do seu trabalho, em pleno momento de lazer, e aí, como se sente? Não que nunca fazemos isso, mas quando fazemos a inciativa é nossa.
Também temos nossos anseios quando vamos ao baile como querer dançar com quem dança bem, dançar com a mulher que é bonita e cheirosa mesmo que ela não saiba dançar, tem momento ou até bailes inteiros que não estamos afim de dançar, só queremos tomar algo e ver a galera dançando, nem sempre estamos afim de ficar executando um monte de passos, queremos apenas dançar um básico de rostinho colado com alguém que dance gostoso. Por favor, não fiquem fazendo comparações do tipo 'dançou mais com fulana do que comigo' ou 'com siclana você dança de um jeito e comigo de outro'. Nós também não somos máquinas que temos que passar o baile todo dançando, também paramos para hidratar, ir ao banheiro, conversar, portanto, dêem um tempinho pra gente!
O baile é pra ser prazeroso para todos, usem a empatia e se divirtam!

Galera que aguentou até o café da manhã na Festa de 25 anos do Calamengau (jul/09).

Dicas de como escapar do 'Chá de Cadeira'

Existe uma reclamação generalizada das mulheres que não conseguem dançar nos bailes, o famoso Chá de Cadeira. Mas, de quem é a culpa? Da quantidade inferior de homens existentes em nossa cidade (estatisticamente comprovado), da escassez de homens que gostam de dançar, ou será culpa das próprias mulheres?
De acordo com a professora de dança de salão, Elaine Reis, 90% da culpa são das próprias mulheres. Por medo de chegar sozinha nos bailes, a mulher opta por ir com suas amigas. Aí já começa o problema. As próprias mulheres já fazem concorrências entre elas, o que é péssimo! Nos bailes, a mulher tem que ir com um casal de acompanhante. Mas, se for sair em bando, precisa convidar antes algum aluno de dança que goste e saiba dançar, para garantir a diversão à noite toda. E não precisa ter vergonha de fazer o convite! É preciso entender a alma masculina. A maioria dos homens é tímida por natureza e não conseguem chegar a uma mesa repleta de mulheres e convidar uma delas para dançar. É possível presenciar, várias vezes no salão, mulheres com uma expressão muito fechada, isto também é terrível, pois os homens ficam mais inibidos ainda. Simpatia é fundamental, sorriso no rosto não custa nada, mesmo que este sorriso seja falso. Outro conselho: circule. Você sentadinha na cadeira não aparece! Vá ao banheiro, ao bar, mesmo que for para tomar água e sempre com um belo caminhar. Não confunda um andar elegante com uma caminhada vulgar, homens respeitam as damas elegantes e de preferência caminhe no salão sem bolsa. Onde você colocará a bolsa no caso de um convite? Um dos problemas mais graves é que as damas não têm paciência, nem tolerância com os cavalheiros que estão começando a aprender a dançar. Elas esquecem que estes homens são os dançarinos de amanhã! Aí o que acontece? Elas fazem cara feia para estes cavalheiros e eles desistem no meio do caminho. Não esqueçam queridas mulheres, nós estamos numa posição pouco privilegiada, então temos que ser espertas e pensarmos no futuro para mudarmos este quadro. Não rejeitem, pelo contrário incentivem os homens novatos na dança. Lembre-se que um homem em uma mesa de quatro mulheres consegue dançar com todas e ainda fará companhia para entrar e sair dos lugares. Sejam espertas. Se você quer dançar, escolham ambientes em que as pessoas vão para este propósito. Nestes lugares, podem até existir alguma paquera, mas este não é o foco principal. Cuidado com certos lugares e dê preferência aos bailes de academias de dança de salão. Agora, um recadinho para as mulheres casadas: tenham paciência com seus maridos. Vocês já têm o principal dentro de casa, um cavalheiro. A função do cavalheiro na dança é pelo menos três vezes mais difícil e mais complicada. Tenham tolerância, pois, com calma e sem cobrança eles aprendem. Não fiquem comparando seus maridos com um instrutor ou a um dançarino experiente, isto é fator desestimulante para ele. Sejam inteligentes e usem o sexto sentido. E lembre-se, dançar bem significa ter consciência do seu corpo em conexão com o corpo de seu parceiro. Fique a vontade, relaxe e curta o momento com muita diversão e prazer. Não esqueça de escolher um sapato adequado, niquém merece calçado saindo do pé.

CARTILHA DA DAMA DANÇANTE - Ter sempre um sorriso no rosto - Circular no salão - Ir ao baile acompanhada por um casal - Lembrar que o desajeitado de hoje é o bom dançarino de amanhã - Usar sapato e sandália adequados ao ambiente de dança - Acreditar no seu corpo e ter confiança no cavalheiro - Escolher um bom ambiente para dançar - Lembre-se: o corpo do homem fala é só interpretá-lo!

Elaine Reis é instrutora especializada em Dança da Salão; Academia Pé de Valsa; escola filiada à Unidança; Associação Mineira de Dança Artística e acadêmica - entidade que reúne 11 escolas filiadas e realiza ações em prol da Dança, divulgando-a como forma de cultura, arte e lazer.